É hora de cumprir os compromissos assumidos pelo país na COP26
A mensagem foi clara: é preciso agir agora. Uma verdadeira marcha rumo à COP26 reuniu mais de 30 mil pessoas de todo o mundo na que terá sido a mais importante de todas as Conferências do Clima.
Os milhares de vozes reforçaram o tom de urgência e impulsionaram as negociações que deram passos importantes. O mais emblemático foi a aprovação do Artigo 6 do Acordo de Paris, que estabelece um mercado global de créditos de carbono. CarbonCredit
Trecho desmatado da Amazônia perto de Porto Velho, em Rondônia - Ueslei Marcelino - 14.ago.2020/Reuters
Agora, a tarefa é regulamentar o que foi pactuado. Já o caminhar do financiamento climático a países em desenvolvimento não se mostrou tão firme quanto era esperado. Este tema merece especial atenção, uma vez que os vulneráveis são os mais prejudicados com os impactos da emergência climática.
(…)
A adesão ao Acordo das Florestas e Uso de Solo e à iniciativa sobre emissões de gás metano, somada à revisão da NDC, com anúncio de neutralidade de carbono até 2050 e fim do desmatamento ilegal até 2028, sinalizou processo de realinhamento com uma atitude mais construtiva em debates sobre o meio ambiente.
(…)
A sociedade civil precisa se manter mobilizada. O setor privado nacional está preparado para fazer a sua parte. Agora, o que resolve é agir.
[Xadrez Verbal Podcast
275https://www.youtube.com/hashtag/275 - Cop26 com Natalie Unterstell, América Latina e Atila 45](https://www.youtube.com/watch?v=hY0aYfogysk&t=12205s)
Desmatamento na Amazônia passa de 13 mil km² entre agosto de 2020 e julho de 2021, apontam dados do Prodes
COP26: texto final é aprovado e defende redução do uso de combustíveis fósseis
Apesar de ter tido a assinatura de todos os 200 países-membros, alguns representantes anunciaram durante sessão plenária que esperavam um acordo mais definitivo sobre o financiamento para as nações mais pobres que já sentem as mudanças climáticas.
- Além dos trechos incluídos sobre os combustíveis fósseis, a COP26 finalizou o livro de regras do Acordo de Paris e os pontos que estavam em aberto, como o artigo 6º, que se refere ao mercado de carbono;
- Países se comprometeram com U$S 100 bilhões por ano até 2025 para financiar medidas para evitar o aumento da temperatura, mas, segundo ativistas e especialistas, o valor não está de fato na mesa;
- Países em desenvolvimento demonstraram descontentamento com os trechos a respeito do financiamento por parte dos países ricos das “perdas e danos” já sentidos devido às mudanças do clima. Isso, no entanto, não impediu a aprovação do documento.
“A economia real está dando saltos rumo à descarbonização, enquanto a diplomacia climática evolui lentamente. Mas o pacote de Glasgow ecoa, ao menos em parte, o que está acontecendo no mundo real: a transição do carvão para [combustíveis de fontes] renováveis, o reconhecimento de que o metano precisa ser controlado e também o imperativo de apoiar os países mais vulneráveis”, avaliou presidente da Talanoa e membro do Painel de Acreditação do Green Climate Fund.
As boas surpresas da COP26
Continuaremos trabalhando para que os governos cumpram sua função constitucional de impedir a devastação da imensa riqueza que é a Amazônia. Seja através do fortalecimento do comando e controle e das políticas de incentivo e indução na região, seja no provimento de segurança pública para os Amazônidas —especialmente para os que estão ameaçados, na linha de frente da defesa da floresta.
E por estamos certos de que os setores privado e financeiro desejam honrar seus compromissos ambientais, nos juntamos também à discussão e à ação para garantir a transição para modelos sustentáveis de produção e investimentos. Nada é mais forte que uma ideia cujo tempo chegou: todos juntos pela segurança e justiça climática.
COP26: Bezos pledges $2bn for restoring nature
Amazon founder Jeff Bezos has said his Bezos Earth Fund will spend $2bn (£1.5bn) restoring landscapes and transforming food systems.
He told the COP26 climate conference in Glasgow that he had grasped nature’s fragility when he travelled into space.
Entrepreneurs including Mr Bezos have been criticised for spending money on trips into space instead of solving problems on Earth.
Amazon has also been criticised by its workers over environmental practices.
Speaking to the COP26 conference, Mr Bezos said: “In too many parts of the world, nature is already flipping from a carbon sink to a carbon source.”
The Bezos Earth Fund plans to spend $10bn fighting climate change overall.
Destaque do Brasil na COP, jovem indígena tem pai perseguido pelo governo Bolsonaro e mãe ameaçada de morte
Aos 24 anos, a paiter-suruí Txai Suruí fez história ao discursar, em inglês, na abertura da COP26, em Glasgow, nesta segunda-feira (1º). Diante dos olhos do mundo e na presença de líderes como o britânico Boris Johnson, defendeu a participação dos povos indígenas nas decisões da cúpula do clima e lembrou o assassinato do amigo Ari Uru-Eu-Wau-Wau.
Mas os dois minutos no palco principal foram curtos para relatar as ameaças, os reveses e as conquistas que a jovem e a sua família vêm acumulando em Rondônia.
De referência a vilão: como o Brasil tratou o meio ambiente nos últimos 40 anos
Feitos positivos do Brasil começaram em 1981, quando o país instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente. A Constituição Federal de 1988 trouxe um capítulo específico direcionado ao meio ambiente.
COP26: Brasil e cerca de 100 países se comprometem a reduzir emissões de metano em 30% até 2030
Gás é responsável por 30% do aquecimento global de tempos pré-industriais, segundo especialistas. Brasil é o quinto maior emissor do gás.
Coordenador do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima pede demissão: ‘COP poderia ser melhor aproveitada’
“O Fórum tem um objetivo na sua criação e eu não consegui cumpri-lo. Se ele não está sendo cumprido, é capaz de existirem pessoas melhores que eu para fazer isso”, disse Lucon ao g1, por telefone. Ele está em Glasgow, na Escócia, onde está ocorrendo a conferência climática.
[Especial COP26 Ep. 1 –
ClimaSemFake entrevista Ex-Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira](https://climainfo.org.br/especial-cop26-ep-1-climasemfake-entrevista-ex-ministra-do-meio-ambiente-izabella-teixeira/?gclid=Cj0KCQjww4OMBhCUARIsAILndv6OeRfSrohuTit7frDnZAcQI-S6Gpc2xzX2wzdxsZa88vOeXAHVkeIaAlbaEALw_wcB)
Nesta entrevista muito informativa e esclarecedora sobre o Brasil na COP, Izabella responde as seguintes perguntas: – Como foi a participação do Brasil na história das COPs? É verdade que o Brasil já vinha sendo um negociador ‘duro’? – Há uma ansiedade geral sobre o papel do Brasil na COP deste ano? Qual a sua expectativa? – O que é o Artigo 6 do Acordo de Paris? O que o Brasil pleiteia, e qual sua opinião sobre o artigo 6?
Brazil Climate Hub
Nosso agradecimento por fazer do BRAZIL HUB — O espaço da sociedade brasileira na COP26!
UN - COP26
Emissions Gap Report 2021
With climate change intensifying and scientists warning that humanity is running out of time to limit global warming to 1.5°C over pre-industrial levels, 2021 has been a fraught year for the planet.
The Emissions Gap Report 2021: The Heat Is On is the 12th edition in an annual series that provides an overview of the difference between where greenhouse emissions are predicted to be in 2030 and where they should be to avert the worst impacts of climate change.
COP 28: o início do fim dos combustíveis fósseis
A Conferência do Clima deste ano durou um dia a mais do que o previsto, mas por um bom motivo: para combater as mudanças climáticas, todos os países participantes conseguiram chegar a um acordo para o texto final, que selou a necessidade de o planeta acelerar a transição energética para matrizes renováveis. Mas o acordo foi brando em relação ao que fazer em relação ao petróleo. Para analisar os avanços e as omissões desta edição da COP, Natuza Nery recebe Daniela Chiaretti, repórter especial de meio ambiente do jornal Valor Econômico, que fala diretamente de Dubai, e Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil. Neste episódio:
Daniela apresenta o que considera “as três pontas” que o planeta precisa trabalhar para que o aumento da temperatura global não passe de 1,5°C em relação à média do período pré-Revolução Industrial. São elas: a “discussão do dinheiro”, a ser realizada na COP 29, no Azerbaijão; os “novos compromissos climáticos”, que serão apresentadas na COP 30, em Belém, no Brasil; e a “transição energética”, principal pauta da Conferência deste ano;
Ela comenta o texto que deu forma final aos debates realizados em Dubai, que nasceu de recomendações “desesperadas” de cientistas e teve aprovação de 198 países. “O grande artigo, o elefante na mesa, apresenta um cardápio de oito soluções para a transição energética e pede ações profundas, rápidas e sustentadas”, resume;
Carlo justifica a escolha dos Emirados Árabes Unidos – 7º maior produtor de petróleo do mundo – como sede da COP deste ano, justamente na edição que debateria o futuro dos combustíveis fósseis. “Trata-se de uma boa provocação”, afirma;
O CEO do Pacto Global da ONU destaca o protagonismo brasileiro nesta pauta, afinal “não existe um mundo neutro em carbono se o Brasil falhar”. Ele justifica que temos uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta e, somados ao Congo e à Indonésia, 80% das florestas tropicais do mundo. “Isso traz várias vantagens comparativas para o Brasil”, conclui.
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